Palavra, Poesia

Palavras?

Palavras? Sim. De ar
e perdidas no ar.
Deixa que eu me perca entre palavras,
deixa que eu seja o ar entre esses lábios,
um sopro erramundo sem contornos,
breve aroma que no ar se desvanece.
Também a luz em si mesma se perde.

“Destino do Poeta”, Octavio Paz, trad. de Haroldo de Campos

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